quinta-feira, 19 de maio de 2011

Síndrome

O medo roeu a carne e a pele enrugada,
rasgou toda a camisa de força
e a coragem de viver sem roupas.


O medo traçou uma linha de neon vermelha,
iluminou o rosto das trevas,
despertou seres do submundo
e os fincou como estátua pálida no outro lado da linha;


é lá onde a morte com mil olhos
cruza os braços a nos sondar
e delimita o passo que jamais ultrapassará
o limite invisível que petrificou meus pés

do lado de cá:

o medo
do medo de ter medo
e morrer
de medo de morrer
não é medo,



é Pânico!


Willian Delarte

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